quinta-feira, 9 de junho de 2011

O que é imaginário?

O imaginário é o vocábulo fundamental que corresponde à imaginação, como sua função e produto. Composto de imagens mentais é definido a partir de muitas óticas diferentes, até conflitantes. Alguns, como Bachelard, consideram que, graças ao imaginário, a imaginação é essencialmente aberta, evasiva. Ela é no psiquismo humano a própria experiência da abertura, a própria experiência da novidade. Le Goff pondera que o imaginário está no campo das representações, mas como uma tradução não reprodutora, e sim, criadora, poética. É parte da representação, que é intelectual, mas a ultrapassa.
Para outros, como Durand, o imaginário é o “conjunto das imagens e das relações de imagens que constitui o capital pensado do homo sapiens”, o grande e fundamental denominador onde se encaixam todos os procedimentos do pensamento humano (DURAND, 1997: 14). Parecendo partir de uma concepção simbólica da imaginação, que postula o semitismo das imagens, que conteriam materialmente, de alguma forma, o seu sentido, Durand se contrapõe a Lacan, para quem o imaginário seria um aspecto fundamental da construção da subjetividade. O imaginário corresponderia à fase do espelho, ao reconhecimento de si que a criança pequena opera ao descobrir o seu reflexo. Ao mesmo tempo em que a imagem no espelho afirma a realidade do eu, é insinuado também o seu caráter de ilusão, já que é apenas um reflexo. Para que a criança alcance o nível da realidade, deve deixar o modo imaginário da visão de si e dos outros e utilizar o modo simbólico. Assim, para Lacan, o simbólico seria coletivo e cultural; o imaginário seria individual e ilusório.

Do que é feito o imaginário?
Tudo o que pensamos através de uma palavra e tentamos assimilar em nosso consciente gerando imagens, descrevendo o que queremos enxergar da forma que pensamos ser, sendo gerada através de nossos pensamentos.
O imaginário é importante, pois nos possibilita sonhar de acordo com nossos interesses, tanto bom, quanto ruim. Ruim seria nos momentos de desespero o indivíduo imaginar fazer algo de errado, sendo prejudicial à sí próprio ou a outros por imaginar coisas ruins. E a parte boa é a que nos dar a força de lutar pelo que queremos realização de nossos sonhos, almejando nossos objetivos.
Atualmente o nosso imaginário e bem mais palpável, pois temos uma base de informação que nos permite viajar em nossos pensamentos. No passado não tínhamos essa visão ampla, não tínhamos os meios que hoje existe e que desperta nosso imaginário, éramos como uma criança em fase de aprendizado.

Qual a importância do imaginário para a sociedade? 

Objetivo estabelecer uma relação entre o Imaginário Social e a concepção do território no distrito de José Gonçalves, buscando revelar as ações concretas dos atores sociais, tanto no tempo como no espaço. Para isto se fez necessário recorrer basicamente às instâncias formadoras do Imaginário, a memória coletiva e sua relação com o território.
O distrito em questão, bem como toda a região Sudoeste da Bahia, foi colonizado pelos movimentos de entradas e bandeiras, ocorridos no século XVIII, região conhecida na época, como Sertão da Ressaca e que posteriormente foram ganhando outros nomes. “José Gonçalves (2), distrito de Vitória da Conquista – Bahia, está localizado no Planalto dos Geraizinhos, entre o quadrante 40°40’00” - 40°46’02”W e 14°40’41” - 14°46’14”S.”. Distante aproximadamente 25 km da área urbana de Vitória da Conquista, estando a cinco quilômetros da BR-116 (no sentido Vitória da Conquista –Salvador).
Em 1752, os Gonçalves da Costa, chegaram a esta região (Sertão da Ressaca) (3) e em 1840, a região que hoje é conhecida como Vitória da Conquista passou a ser chamada de Vila da Conquista e somente em 1891, recebe o nome de Vitória da Conquista. Por influência da família Gonçalves da Costa, o distrito de José Gonçalves, foi assim denominado, em homenagem aos seus precursores.
 Desta forma investigamos o processo de emancipação política do distrito de José Gonçalves na perspectiva do Imaginário Social, trazendo à tona as discussões inseridas em tal contexto. Tornando possível, assim, entender quais as motivações das lideranças políticas e sociais que encabeçaram tal movimento.

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